sexta-feira, 18 de abril de 2008

Funk viaja e leva o rock na bagagem

Os samples de White Stripes, Justice, Eurythmics e até Yes poderiam confundir os desavisados na pista do clube de Tallinn (Estônia), onde o DJ Sany Pitbull tocou no fim de março. Mas a batida do tamborzão e as interferências que ele fazia com seu MPC (um sampler eletrônico) esclareciam: era um set de funk carioca, pontuado por referências estrangeiras ao gênero. Sem a companhia nem os refrãos de MCs, recorrendo a ousadas colagens sonoras, dialogando com gêneros como o rock e o pop, Sany vem alargando os limites do funk carioca, ao lado de DJs como Edgar e Sandrinho, criando uma nova vertente para o gênero, batizada como pós-baile funk, que tem na Europa o seu público. "Eles partiram da tradição instrumental do baile funk, a montagem, que é formatada pelo medley [o encadeamento de várias canções], sem um MC. Mas deram um passo adiante, usando uma colcha de retalhos de influências para criar sua versão abstrata do funk", diz à Folha o DJ e produtor alemão Daniel Haaksman, que lançou em 2004 a primeira coletânea de funk carioca fora do Brasil, "Rio Baile Funk - Favela Booty Beats", e deu nome ao gênero lá fora (baile funk). Leia mais (18/04/2008 - 08h51)


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